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Cerca de 60 milhões de brasileiros — quase 3 em cada 10 — recebem algum tipo de auxílio direto do governo. Só o Bolsa Família atende mais de 54 milhões de pessoas — via de regra, em idade produtiva. É o maior número da história recente. E uma pergunta se impõe: depois de 18 anos de governos do PT, isso não deveria ter diminuído?

A política social nasceu com o propósito de ser um trampolim, não uma rede permanente. O Bolsa Família, quando criado, tinha o objetivo de amparar famílias em situação de vulnerabilidade até que alcançassem autonomia. Hoje, porém, tornou-se uma base eleitoral estável e um símbolo de dependência crônica. O Estado, que deveria libertar, passou a sustentar — e controlar.

A expansão do assistencialismo não eliminou a pobreza: mascarou-a. Enquanto milhões recebem benefícios, o país cresce pouco, a educação regride e o emprego formal perde força. O cidadão deixa de ser protagonista e vira dependente. A economia, por sua vez, se acomoda, incapaz de gerar oportunidades reais de ascensão.

O governo celebra o aumento de beneficiários como se fosse conquista social. Não é. É o retrato de um país que parou de acreditar no mérito, no trabalho e na prosperidade. Cada novo inscrito no programa representa, antes de tudo, o fracasso de uma política que prometeu emancipar, mas escolheu aprisionar.

Depois de quase duas décadas de promessas e narrativas, a realidade se impõe: o Brasil não ficou mais justo — ficou mais dependente.

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