A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no INSS revelou que a própria Advocacia-Geral da União (AGU) recebeu alertas formais sobre irregularidades envolvendo o Sindnapi — sindicato associado a Frei Chico, irmão do presidente Lula. Apesar das informações, o órgão não adotou medidas imediatas para interromper o esquema.

Segundo documentos e depoimentos apresentados à CPMI, aposentados tiveram dados utilizados de forma indevida e foram lesados ao aderirem, sem autorização, a serviços vinculados ao sindicato. Mesmo diante das denúncias e indícios claros de fraude, o AGU Jorge Messias não teria determinado investigação interna ou acionado os órgãos competentes.

Parlamentares afirmam que “havia informação, havia denúncia, havia rastro”, mas não houve reação proporcional à gravidade do caso. Para a oposição, a omissão do chefe da AGU contribuiu para a continuidade do esquema que afetou milhares de beneficiários.

Diante das revelações, integrantes da CPMI defendem a convocação urgente de Messias e de Frei Chico para prestar esclarecimentos. Enquanto isso, aposentados continuam cobrando respostas e responsabilização dos envolvidos.

DESTAQUES