As estatais brasileiras acumularam, em 2024, um rombo de R$ 8,7 bilhões, segundo dados oficiais do governo federal. O número é alarmante e revela mais do que simples má gestão: trata-se de um efeito direto de políticas estatizantes e populistas que insistem em transformar empresas públicas em instrumentos políticos, em vez de negócios eficientes voltados ao interesse coletivo.
O modelo estatizante, historicamente defendido por setores da esquerda, parte da premissa de que o Estado é o melhor gestor da economia e deve controlar setores estratégicos. Na prática, no entanto, essa abordagem tem levado a sucessivos ciclos de prejuízos, corrupção e ineficiência, sempre pagos pelo contribuinte.
Ao longo das últimas décadas, empresas estatais foram usadas como cabides de emprego, plataformas para subsídios cruzados e instrumentos de barganha política. O resultado é a perda de competitividade, o enfraquecimento do patrimônio público e a socialização do prejuízo. Em 2024, não foi diferente: o rombo de R$ 8,7 bilhões expõe a fragilidade desse modelo e coloca em xeque a sustentabilidade dessas empresas.
Especialistas apontam que, sem reformas profundas e sem profissionalização da gestão, as estatais continuarão a ser palco de escândalos e prejuízos bilionários. O contribuinte, por sua vez, segue sem alternativa: ele não pode escolher parar de financiar o modelo, como faria no setor privado, onde a má gestão leva à falência ou à perda de clientes.
A narrativa populista, que promete “defender o patrimônio nacional” ao manter empresas sob controle estatal, tem servido de cortina para práticas que comprometem a saúde financeira do país. O rombo de 2024 é apenas mais um capítulo de um problema estrutural que se repete a cada ciclo político.
O caso reforça a necessidade urgente de repensar o papel do Estado na economia. Sem transparência, profissionalização e responsabilização efetiva dos gestores, as estatais continuarão a gerar prejuízos e a penalizar justamente quem as financia: o cidadão brasileiro.