Mesmo que Jair Bolsonaro esteja preso, especialistas e analistas políticos afirmam que ele continua sendo capaz de disputar e vencer eleições, apoiado principalmente por sua militância nas redes sociais.
Segundo os analistas, em 2022 setores da chamada “direita permitida” priorizaram o voto nulo, ignorando o potencial eleitoral de Bolsonaro. O resultado, destacam, foi a volta de Lula ao Planalto. Agora, com Bolsonaro impedido de se manifestar, fazer campanha ou indicar nomes, a militância bolsonarista é quem movimenta a narrativa política, influencia eleitores e mantém vivo o debate em torno do ex-presidente.
No modelo eleitoral atual, que privilegia redes sociais e engajamento digital, a militância não atua por cálculo político tradicional. Ela se move por fé, esperança e paixão, segundo especialistas ouvidos pelo Litoral. Esses seguidores, afirmam, dificilmente aceitariam apoiar um candidato imposto ou resultado de manobras de bastidores.
Pesquisas recentes indicam que o sobrenome Bolsonaro ainda possui força decisiva contra o PT, independentemente de Bolsonaro estar fisicamente presente na campanha. Especialistas alertam que qualquer tentativa de manipular ou conter a militância pode se voltar contra quem planeja estratégias sem considerar a emoção e o engajamento do eleitorado.
O caso evidencia que, no cenário político brasileiro, voto majoritário não depende apenas de planilhas ou cálculos de gabinete, mas também da mobilização emocional e da lealdade de uma base de apoiadores apaixonada.