Em 2023, 36,2% dos domicílios alagoanos enfrentaram algum grau de insegurança alimentar, totalizando cerca de 423 mil residências. Esse índice coloca Alagoas como o 12º estado com maior proporção de domicílios afetados no país, evidenciando uma crise que persiste há décadas.
Especialistas apontam que a situação reflete problemas estruturais ligados ao estatismo, à burocracia excessiva e a políticas públicas de dependência, que mantêm o estado preso a ciclos de assistência sem gerar autonomia econômica para famílias e municípios. Apesar de programas sociais, a pobreza continua enraizada, mostrando que ajuda pontual não substitui crescimento sustentável e oportunidades de trabalho.
Segundo economistas, o modelo vigente tem castigado Alagoas por mais de duas décadas. A burocracia dificulta investimentos privados, enquanto políticas de transferência de renda, muitas vezes mal direcionadas, criam dependência crônica, sem incentivar a geração de riqueza local.
O cenário é agravado pela desigualdade histórica, que concentra renda e oportunidades nas mãos de poucos, enquanto a maioria da população permanece vulnerável. A insegurança alimentar atinge especialmente crianças, idosos e famílias em áreas rurais, refletindo o efeito cumulativo de políticas públicas ineficazes e da dependência do Estado.
Para especialistas, o caminho para a redução da pobreza e da insegurança alimentar em Alagoas passa por desburocratização, incentivo à iniciativa privada e políticas públicas que promovam autonomia, permitindo que a população saia do ciclo de dependência e construa renda própria.