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Um ato recente contra a Lei da Anistia de 1979 chamou atenção não apenas pelo conteúdo da manifestação, mas pela evidente contradição histórica: liderado por artistas que só puderam retornar ao Brasil graças à própria lei, o protesto revela uma ironia difícil de ignorar.

A Lei da Anistia foi aprovada no final da ditadura militar e teve papel fundamental na reconciliação nacional. Ela permitiu o perdão a crimes políticos cometidos durante o regime, possibilitando o retorno de exilados e ajudando a reconstruir a democracia brasileira. Muitos dos artistas que agora se opõem à lei viveram no exterior ou enfrentaram restrições por anos, graças ao mesmo instrumento legal que hoje criticam.

Especialistas apontam que a manifestação evidencia uma seletividade histórica: enquanto a Anistia serviu como base para a pacificação social e política, alguns grupos contemporâneos parecem ignorar seu papel na preservação da democracia e na restauração de direitos civis fundamentais.

A contradição não passou despercebida: críticos do ato lembram que quem foi salvo pelo perdão agora protesta contra ele, levantando questões sobre memória histórica, coerência política e hipocrisia ideológica.

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