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No plenário da ONU, Donald Trump não economizou palavras nem eufemismos. O presidente americano deixou claro que as tarifas impostas ao Brasil não são contra o povo brasileiro, mas contra um governo que — nas suas palavras — “virou inimigo da liberdade”. As sobretaxas, disse Trump, são uma resposta direta ao aparelhamento do Judiciário, à censura nas redes sociais e à perseguição a opositores políticos. “Práticas que envergonham o Brasil diante do mundo”, afirmou.

Lula, por sua vez, tentou construir a narrativa de que é vítima de “ingerência estrangeira”. Mas Trump apenas verbalizou o que grande parte dos brasileiros já percebe: o país vive um ciclo de corrupção, autoritarismo e violação de direitos fundamentais. E enquanto o governo insiste em blindar os seus aliados, cresce a percepção externa de que a Constituição brasileira vem sendo rasgada por dentro.

A fala do líder americano colocou Lula numa posição desconfortável. Ele terá agora de sentar-se à mesa para negociar com quem dizia não querer conversar. Trump desmontou a retórica petista ao lembrar que nunca se negou ao diálogo — quem fugia era o próprio governo brasileiro, receoso de tratar de pautas espinhosas como as sanções, as tarifas e até a situação dos perseguidos políticos no Brasil.

Para o Brasil, o recado é claro: se quiser recuperar respeito no cenário internacional, precisa resgatar a democracia real — aquela que garante direitos, não que persegue adversários. Sem isso, a imagem do país seguirá associada ao autoritarismo e à insegurança institucional.

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