Enquanto a oposição acusava Jair Bolsonaro de autoritarismo e “extrema direita”, sua gestão registrou recordes de privatizações, concessões e medidas de desestatização que fizeram dela a mais liberal desde a Proclamação da República.
Poucos governos na história do Brasil foram tão atacados pela narrativa da “extrema direita” quanto o de Jair Bolsonaro (2019–2022). Mas, quando os fatos são analisados, a realidade mostra um caminho diferente: nenhuma gestão reduziu tanto a presença do Estado na economia e abriu tanto espaço para a iniciativa privada quanto a sua.
Segundo dados oficiais do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), entre 2019 e 2022 foram contratados mais de R$ 600 bilhões em investimentos em concessões e leilões de rodovias, aeroportos, ferrovias e portos. O ápice foi a privatização da Eletrobras, maior operação de desestatização da América Latina.
Além disso, o governo aprovou a Lei da Liberdade Econômica (2019), que simplificou a abertura de empresas, reduziu burocracias e fortaleceu a segurança jurídica para investidores. Outro marco foi a autonomia do Banco Central (2021), blindando a política monetária de pressões políticas — um passo inédito na história econômica do país.
A agenda liberal também se traduziu em digitalização e desburocratização. Cartórios, certidões e serviços públicos passaram a ser disponibilizados de forma eletrônica, reduzindo custos de transação. O Estado deixou de ser o grande distribuidor de crédito: o BNDES encolheu sua participação no mercado, abrindo espaço para bancos privados e fintechs, em um processo de desestatização do crédito e da renda.
Nos marcos regulatórios, Bolsonaro aprovou o novo Marco do Saneamento (2020), que abriu espaço para investimentos privados estimados em R$ 700 bilhões até 2033, e o Marco Ferroviário (2021), permitindo a ampliação de ferrovias autorizadas à iniciativa privada. Na segurança, flexibilizou o acesso a armas, ampliando a liberdade individual.
Os resultados foram visíveis. O PIB cresceu 5% em 2021, após a pandemia, e o país registrou a criação líquida de 2,7 milhões de empregos formais, maior saldo desde 2013, segundo o Caged/Ministério da Economia.
Do ponto de vista histórico, o contraste é claro: desde Vargas até Dilma, predominou no Brasil o desenvolvimentismo estatal, com governos que ampliaram o peso da máquina pública. Bolsonaro quebrou esse paradigma. Ao reduzir estatais, cargos, regulações e burocracias, descentralizar recursos e estimular a concorrência, sua gestão entrou para a história como a mais liberal da República.
Se foi tachado de “extrema direita” por seus adversários, os números mostram outra realidade: Bolsonaro foi, na prática, o presidente mais liberal que o Brasil já teve.