Os descontos em benefícios do INSS dispararam durante o governo Lula, em especial os feitos por entidades associativas, muitos deles sob investigação de irregularidades. Levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU) mostra que, entre 2022 e 2024, a arrecadação dessas entidades cresceu 253%, saltando de R$ 92 milhões para quase R$ 500 milhões anuais.
As denúncias de aposentados e pensionistas também aumentaram de forma alarmante. Segundo dados do INSS, as queixas de descontos indevidos cresceram 276,5% em um ano, levando à suspensão de mais de 2,3 milhões de cobranças desde janeiro de 2023. Estima-se que, entre 2019 e 2024, R$ 6,3 bilhões tenham sido descontados, em grande parte sem autorização dos beneficiários.
A escalada chamou a atenção da Polícia Federal, que deflagrou a Operação Sem Desconto para investigar fraudes envolvendo associações e sindicatos que, por meio de convênios com o INSS, vinham retendo valores diretamente dos benefícios. Só em 2024, entidades investigadas arrecadaram cerca de R$ 2,5 bilhões.
Embora o governo tenha anunciado medidas emergenciais, incluindo a suspensão de convênios e a promessa de ressarcimento integral, o problema expõe fragilidades graves na gestão da Previdência e a vulnerabilidade de milhões de aposentados.
A realidade é clara: os descontos explodiram sob a atual gestão, e o peso recaiu justamente sobre os mais frágeis do sistema, enquanto investigações seguem revelando a dimensão das irregularidades.