Editorial – Litoral

O Brasil vive hoje mais um feriado improdutivo criado para celebrar a “cor” de uma consciência — um conceito abstrato, inexistente no plano prático e que, na vida real, acaba servindo mais para dividir do que para unir.

Em vez de promover integração, a data reforça identidades fragmentadas, estimula narrativas de ressentimento e mantém o país preso a categorias raciais que só ampliam tensões sociais. Especialistas em políticas públicas alertam que o foco na cor, e não na igualdade de oportunidades, desvia a atenção das soluções reais para problemas que atingem milhões de brasileiros, independentemente de raça.

Enquanto setores ideológicos transformam o feriado em palanque, o país perde um dia inteiro de produtividade e segue alimentando uma política identitária que pouco contribui para a construção de uma sociedade realmente justa e coesa.

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