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O Rio Grande do Sul vive uma tragédia silenciosa que cresce a cada mês: já são 24 suicídios de pequenos e médios agricultores, vítimas de dívidas impagáveis e da ausência de políticas públicas efetivas para proteger quem sustenta o país.

Enquanto promessas de securitização das dívidas rurais permanecem no papel, os produtores enfrentam a pressão implacável de bancos e instituições financeiras, que cobram juros abusivos e penalizam qualquer atraso. O resultado tem sido devastador: agricultores encerram suas vidas como única saída para escapar do ciclo de endividamento.

Além das dívidas, a falta de amparo e acompanhamento psicológico agrava a situação. Municípios como Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires registram taxas de suicídio que superam a média estadual, chegando a 33,81 por 100 mil habitantes, segundo dados locais. A promessa de proteção financeira — prevista em projetos como a Securitização das Dívidas Rurais (PL 341/2025) — ainda não se concretizou, deixando famílias à própria sorte.

Enquanto isso, notícias de eventos de lazer e viagens de autoridades contrastam com a tragédia no campo, reforçando a percepção de descaso e desinteresse do governo federal. Agricultores relatam sentir-se abandonados, vendo suas plantações, criações e esforços de anos desmoronarem sem qualquer perspectiva de auxílio.

Especialistas apontam que o problema vai além do endividamento: é uma falha sistêmica do Estado, que se ausenta das comunidades rurais e não oferece suporte necessário. A omissão federal reforça a vulnerabilidade do campo e contribui para o colapso emocional e financeiro de quem deveria ser prioridade estratégica para o país.

A situação exige ação imediata. Medidas de apoio financeiro, acompanhamento psicológico, renegociação de dívidas e políticas públicas robustas são essenciais para frear a tragédia.

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