As eleições no Chile surpreenderam analistas e contrariaram as principais pesquisas divulgadas antes do pleito. Apesar das projeções apontarem uma vantagem de cerca de 16 pontos para a candidata comunista Camila Jara, o resultado das urnas mostrou um cenário muito mais equilibrado: o conservador José Antonio Kast terminou o primeiro turno apenas 2 pontos percentuais atrás, garantindo a ida ao segundo turno.
Os institutos de pesquisa haviam antecipado uma vitória confortável de Jara, mas a votação real demonstrou uma disputa mais apertada, reacendendo o debate sobre a precisão dos levantamentos eleitorais no país.
Com o resultado, Chile terá um segundo turno polarizado, colocando frente a frente o candidato conservador e a representante do Partido Comunista — uma disputa que, segundo analistas locais, pode redefinir a orientação política do país nos próximos anos.
A campanha de Kast celebrou a diferença reduzida, afirmando que o desempenho indica “forte possibilidade de virada” na etapa final. Entre apoiadores, o clima é de confiança: muitos acreditam que o crescimento do candidato no fim da campanha tende a se intensificar no segundo turno.
Já aliados de Jara minimizaram o resultado, dizendo que a liderança, ainda que estreita, confirma que o eleitorado chileno deseja “a continuidade de um projeto progressista”.
A eleição agora entra na fase decisiva, com ambos os candidatos buscando votos entre os eleitores moderados e indecisos — parcela que deverá definir o resultado final.