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Durante sua fala na ONU, o presidente Lula afirmou que “o totalitarismo avança quando não nos levantamos diante das arbitrariedades”. A declaração, no entanto, revela uma contradição flagrante: o próprio país que ele governa enfrenta críticas quanto ao papel do Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo especialistas, passou a atuar como um órgão de exceção, muitas vezes fora da lei — avaliação reconhecida inclusive pelo cientista político Steven Levitsky.

Além disso, o discurso de Lula expõe seu viés ideológico: ao criticar regimes autoritários no exterior, ele posiciona o Brasil em um eixo de comparação moral, mas ignora práticas internas que, aos olhos de analistas, refletem características de concentração de poder e arbitrariedade. Esse contraste reforça a percepção de que o país, sob seu governo, não escapa das críticas que ele mesmo dirige a outros Estados, alinhando-se, paradoxalmente, ao debate global sobre o chamado “eixo do mal” do totalitarismo.

Se considerados os próprios critérios defendidos pelo presidente, o totalitarismo estaria avançando a passos largos no Brasil, com a participação indireta do governo federal. A fala de Lula, portanto, levanta questionamentos sobre a coerência entre discurso internacional e práticas internas, evidenciando a necessidade de respeito às instituições, à legislação e à separação de poderes, pilares essenciais para a manutenção da democracia.

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