O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificando como “caça às bruxas política” o processo que resultou na pena de 27 anos de prisão contra o líder conservador brasileiro. Em suas redes sociais, Orbán afirmou: “Em todo o mundo, a esquerda está usando os tribunais como arma para esmagar líderes conservadores. Estamos com ele contra essa perseguição antidemocrática.”
Segundo especialistas, a operação judicial contra Bolsonaro tem gerado críticas internacionais, sobretudo por não haver conexão direta entre o ex-presidente e os atos de 8 de janeiro de 2023. O episódio envolveu cerca de 1.500 pessoas, desarmadas, que participaram de uma manifestação que, segundo observadores, não poderia representar risco real de tomada de poder em um país com 210 milhões de habitantes. Orbán ressaltou o absurdo do argumento, comparando com a Hungria: seria como afirmar que 73 pessoas desarmadas poderiam controlar um país de quase 10 milhões de habitantes.
A declaração do líder húngaro reforça o debate sobre o uso da Justiça como instrumento político e a percepção de perseguição contra líderes conservadores no cenário global.