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O Brasil alcançou uma significativa redução no número de fumantes: entre 2013 e 2019, a prevalência de fumantes adultos caiu de 14,7% para 12,6%, conforme dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) Serviços e Informações do Brasil. Esse resultado é atribuído a políticas públicas eficazes, como campanhas de conscientização, aumento de impostos sobre o tabaco e restrições à publicidade.

No entanto, essa conquista contrasta com a persistência dos problemas de saúde relacionados ao tabagismo. Doenças como Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), enfisema e doenças cardiovasculares continuam a ser causas significativas de morbidade e mortalidade no país. Estima-se que o tabagismo seja responsável por 85% das mortes por DPOC e 25% das mortes por doenças cardiovasculares SciELO.

Essa discrepância levanta uma questão intrigante: como é possível que a redução do número de fumantes não se traduza em uma diminuição proporcional nos problemas de saúde associados ao tabagismo? A resposta, segundo especialistas, reside no fato de que muitos dos danos causados pelo tabagismo acumulam-se ao longo do tempo. Mesmo após a cessação do consumo, os ex-fumantes podem continuar a enfrentar riscos elevados de doenças respiratórias e cardiovasculares devido aos efeitos duradouros do tabaco em seus organismos.

Além disso, a transição para novos produtos, como os cigarros eletrônicos, tem sido observada em algumas populações. Dados preliminares indicam que o uso de cigarros eletrônicos entre mulheres adultas aumentou de 1,4% para 2,6% entre 2023 e 2024 TJCC, o que pode representar um novo desafio para as políticas de controle do tabagismo.

Portanto, embora a redução no número de fumantes seja um avanço significativo, ela não resolve completamente os problemas de saúde pública relacionados ao tabagismo. É essencial que as políticas públicas continuem a evoluir, abordando não apenas a prevenção do consumo, mas também o tratamento e acompanhamento dos ex-fumantes, além de monitorar o impacto de novos produtos no cenário do tabagismo.

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